Sunday, September 28, 2008

...

A incapacidade para se notar que até mesmo os estranhos tem semalhanças no íntimo, no pessoal, é atordoante.
De certa forma, é confortável saber que ao menos alguns estranhos são capazes de te entender.
''Mas como é que só em me olhar você me convence de que o céu é ali, logo à frente?
Como é que só em falar com esse jeito maduro você me desarma e eu me mostro imaturo? Rendido... inseguro....
Como é que eu te sigo no caminho de amigo, se no fim faltam as pernas e o teto do abrigo?
Ah! Menina! Moça, senta, esquenta tua sopa... deixa que eu enxugo a sua roupa.
E apanha o rodo, que eu arrasto esse choro para o fundo do poço.
Ah! Criança! Distante. Estende a mão que o brinquedo está ao seu alcance, no alto desta estante, te esperando pra brincar...
Vem! Entra e aceita. A mágica já está feita, pois com tanta incerteza, quanto mais se vira a mesa, mais te deixo me levar...''



texto escrito por um estranho amigo, Peixe.

Wednesday, September 24, 2008

Serenity Painted Death

...ate porque não parece o mesmo jogo, apesar das mesmas regras.
A sensação não é comparável com a de antes...é melhor.

É melhor a presença e a proximidade.
É melhor os poucos segundos a mais em que paramos no olhar.

oh sweetheart...
''through it all she offers me protection
a lot of love and affection
whether I’m right or wrong
and down the waterfall
wherever it may take me
I know that life wont break me
when I come to call she wont forsake me
I’m loving angels instead''



Friday, September 12, 2008

Reign over me

...e nas mesmas palavras venho dizer que estou cansado de pensar no futuro e nas coisas que podem acontecer, mesmo que isso seja uma característica normal para aqueles que não vivem um presente muito bom.

...

pra que entender?
pra que procurar explicações?

não seria mais facil somente sentir?

Wednesday, September 10, 2008

Still raining...

"Logo, o vazio deixado nas tardes quentes, da recordação dos encontros certos e sem avisos, das comemorações. Parece que o sonho faz cobertura ao tempo da chegada. Na partida, porém, esse mesmo sonho se desdobra numa emoção peculiar de não acolhermos direito. O dia marcado ou o “de repente parti” me remete ás manhãs em que os pardais se espantam com um bicho inédito em cima da árvore. Uma espécie de traição em que só se comprova as vítimas por não saberem ser outra coisa. Crime perfeito. E perfeito o amor imperfeito de Amigo porque, mesmo deixando de haver as datas, dura. Fica a lembrança de que outrora fomos aceitos, ainda que não houvesse aprovação, de que ficávamos á vontade como se estivéssemos em companhia de nós mesmos, do ensinar na mágoa a linguagem do perdão. E aquele diálogo de gestos que dispensam tese, literatura, filosofias, discursos. A prova da Amizade é a falta mesma de prova, porque nunca se traduz bem o dia-a-dia, embora triste e solitário pela partida."

“Tomo o maior cuidado de não entendê-lo. Sendo impossível entendê-lo, sei que se eu o entender é porque estou errando. Entender é a prova do erro. Entendê-lo não é o modo de vê-lo.”

Monday, September 8, 2008

Satisfeito

Eu detesto esse desgosto que desce pelo esófago como se estivesse diretamente ligado ao coração.
Meu coração está de barriga cheia.

Sunday, September 7, 2008

Fissuras e Estilhaços

É como se fossemos crianças que ficam obsecadas por um simples laser vermelho de canetas especiais, maravilhadas com o rastro da bolinha brilhante nas paredes. Sempre somos forçados a seguir tal rastro por todas as direções, e mesmo que percamos de vista, o encontramos rapidamente como um reflexo educado.

Pra que esse jogo infantil de troca de olhares?

Wednesday, September 3, 2008

Nothing's wrong


...e todo dia o branco do acordar vai escurecendo em meus pensamentos.
É mesmo necessário refletir sobre as mesmas coisas todos os dias?
Essa sensação de estar parado no tempo enquanto o tempo passa nunca vai passar?

Mesmo aprisionado nessa ampulheta, caindo junto aos montes de areia, me conforta saber que você é a mão que gira meus minutos, a mão que côa grão a grão as areias da minha escuridão, distanciando-os pouco a pouco ao menos do meu corpo, as dores diárias do acordar.

...

"Eu não sou nada, e a desgraça cai sobre minha cabeça e eu só sei usar palavras e as palavras são mentirosas, e eu continuo a sofrer"