Friday, September 21, 2007

Silêncio...

Os meus piores pesadelos encontram-se no surgir da escuridão, que tomada pelo silêncio, grita em minha mente petrificando as minhas dores, assim, sólidas e permanentes.
Entrego-me a esses mudos momentos de agonia, nos quais sufoco em abismos antes esquecidos... abismos feitos de nada, abismos feitos de medo.
Abraçado e imobilizado, sinto o rasgar das marcas deixadas em meu corpo pelas fantasias que me fizeram pecar, o abrir e fechar das mais profundas feridas.
Deitado sobre espinhos, sinto meu sangue ser derramado ao chão das minhas lástimas acompanhado das lágrimas que pouco me restam.
Incapacitado e sem forças, sinto todo o sofrimento causado por esse momento...
e de olhos bem abertos me vejo sendo seduzido pela morte..
adormecendo ao lado dela.

Wednesday, September 19, 2007

...

Eu não consigo dizer em palavras a sensação que sinto quando vejo essa foto.
Eram tantos motivos que me destruiam enquanto esse dia passava... olhar pra ela tras a tona todas as imagens, todos os momentos e todas as palavras que ficavam ecoando nos meus pensamentos..
Mas por qual motivo eu mantenho essa foto comigo?
A dor é um caminho curto de aprendizagem, e por mais bizarro que seja, eu fui educado por ela. E ja que é normal quando todos dizem que amam as coisas com quais convivem/conviveram por um longo período, considero normal dizer que eu amo as minhas dores. Sim, eu amo essa dor.
Eu consigo ver essa criatura (estranha?) que vive dentro de mim. Criatura que ainda não me ensinou a aprender com a felicidade da mesma forma que aprendo com as minhas queridas dores.
Só o meu passado é capaz de fazer com que me entendam, só o meu passado é capaz de fazer com que eu entenda os meus problemas e tome decisões sobre eles.
Até entao, eu sobrevivo sendo guiado por essa filosofia.

...

Saturday, September 1, 2007

Solidão

As sólidas paredes azuis que me cercam sufocam o pior grito de dor do meu coração amaldiçoado...

O desespero toma posse quase por completo dessa minha alma sedenta por uma gota de esperança, sedenta pela cura, por uma chance de poder abrir as minhas asas negras e sentir o vento passar por elas, levando todos os passados narrados pela depressão...


Mesmo assim fico a espera de uma chance de poder me libertar dessa corrente enferrujada pelas minhas lagrimas de sangue contaminado pelo ódio de sobreviver nesta ilusão, solidão.

Afogo toda a minha essência humana no meu próprio lago de fogo, queimando a minha carne e tornando a dor uma eterna companheira.

Talvez para que eu possa me conformar com o meu único caminho de sobrevivência..
ou talvez para que eu crie coragem...e abandone a minha necessidade de respirar...